Eleições e o dever cumprido...


A eleição de 2012 ganha cada vez mais espaço nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro e no dia a dia das pessoas através da mídia com debates, entrevistas e sabatinas com os candidatos a prefeitos (as) e vereadores (as). O candidato aos cargos de Prefeitos (as) e Vereadores (as) tem espaço através do corpo a corpo, e em pequenas reuniões de 10 a 30 pessoas, reuniões familiares e de amigos para conquistar o voto que virou uma jóia rara. Com a entrada da propaganda obrigatória que ajuda a decidir a maioria da sociedade vai ter que tomar contato com candidatos ao cargo de Prefeitos (as) de seus Municípios e sendo que os candidatos, a Vereadores (as), tendo uma profusão de nomes, números e slogan vão tentar convencer o eleitor a votar nos melhores. Quem acompanha o noticiário político Brasileiro, fluminense e carioca, sabe o efeito que o projeto Ficha Limpa está provocando com Tribunais Regionais Eleitorais brecando os fichas sujas e outros TREs liberando. “É a vida, fazer o quê quem tem condições ainda consegue fazer frente ao seu eleitorado, tem todo tipo de candidato, aquele que tenta a sua primeira eleição, aquele que tem na família a raiz hereditária, e temos aqueles que já estão lá, uns fizeram outros nem sequer tentaram fazer, e mais de 70% dos projetos nesses setores políticos de nosso Estado ou no Brasil a fora, foram para levar a honra em forma de moção ou homenagens a aqueles cidadãos daquele município ou estado”. Um confronto de interpretação da mesma lei o que demonstra o poder local das oligarquias que monopolizam o poder. Os recursos vão bater nas portas do Tribunal Superior Eleitoral e depois no Supremo Tribunal Federal. É possível que as decisões só saiam depois da eleição em 3 de Outubro, então fiquem de olho e se confirmados os impedimentos, mandatos poderão ser cassados e felizes suplentes poderão assumir a vaga aberta. Já há movimentos em vários estados comandados pelo MCCE - Movimento Contra a Corrupção Eleitoral – que pressionam a justiça para que se pronuncie com celeridade sobre a lei e o seu alcance. Seja qual for o resultado, a divulgação de nomes, de partidos, de recursos chama a atenção da opinião pública e vai provocar e fazer com que os eleitores fiquem atentos e algum constrangimento aos citados vai provocar índices de aceitação ou vai alavancar essas candidaturas. É possível até que percam votos, em que pesem a cara de pau de alguns que fingem que não é com eles. Se liguem nesses expertos, querem o seu voto e nem estão aí para seus eleitores. Entrem em contatos com o Portal da Zona Oeste que vai denunciar esses casos alarmantes.
Ninguém quer mudar as regras que o colocou no poder esses canalhas e forasteiros de plantão na sua comunidade e no seu Município. Esta é uma máxima que não se comenta, mas reflete a realidade política do país. Por que fechar a estrada que leva ao poder? Só você pode mudar e transformar o certo que hoje sabemos é considerado errado, em um plano maior o seu interesse por uma política melhor e diferente, sabemos que a mudança não é para minha geração e nem as de meu filho e sim na quinta geração. É por isso que não se tem uma reforma política no país. Qual o Prefeito (a) ou Vereador (a) que deseja a moralidade, se você conhece vote nele mesmo que saiba que uma andorinha não faz um verão, mais digo a você se eu votar, você votar com certeza juntos podemos colocar homens e mulheres de respeito e com dignidade em nossa política.
Ninguém produz provas nem legisla contra si mesmo. No entanto, devida a pressão pública. Candidatos a prefeitura prometem que vão se empenhar por ela logo no começo do governo, naquele período chamado de “lua de mel”, digo a vocês que nem toda lua de mel, sai como planejamos, por isso quando as forças políticas ainda não se consolidaram no Congresso e o eleito tem algum capital político para gastar, esse será sempre o vencedor. Podemos utilizar bem a nossa arma, não aquela que estamos vendo por bandidos que não desejam o desenvolvimento de sua comunidade, mais sim o voto, contra a corrupção, o abandono da saúde pública o único caminho para mudar a realidade cruel que ainda vivemos. Já circula a proposta de que pelo menos uma reforma poderia ser apresentada com chances de ser aprovada uma vez que, pelo menos de imediato, não abala o poder dos atuais parlamentares.
É a adoção do voto distrital puro para a eleição de vereador em 2012. A idéia é simples, São Paulo tem 55 vereadores, a cidade seria dividida em 55 distritos e cada um elegeria o seu representante. Eu, diria que deveríamos ter 55 representantes dos seus bairros, se o Município tem 100 bairros deve ter 100 representantes, um por cada bairro. É possível que em cada distrito houvesse 4 ou 5 candidatos, conhecidos da população. Também sou favorável a que os candidatos tenham que fazer uma prova ou estágio, curso específico de política social, de cidadania, gestão administrativa e outros. O custo da campanha seria muito menor e o candidato melhor seria preparado e a comunidade poderia cobrar e fiscalizar o eleito de uma forma que não se faz hoje. Todos os distritos ou bairros seriam representados na Câmara, que ganharia em legitimidade. Em 2014, ano da copa, seria a vez dos estados que elegeriam deputados federais e estaduais também através dos distritos e representantes dos bairros aí se poderia discutir o voto distrital misto ou representativo local.
 Há um flagrante descompasso entre a representação política e a sociedade. Os políticos nunca comparecem nas comunidades, eles mandam ou pagam para seus cabos eleitorais ou líderes representá-los. O melhor termômetro é o pouco interesse do cidadão na escolha dos parlamentares, e isto foi construído ao longo dos últimos anos com uma série escabrosa de escândalos que envolvem corrupção, sonegação, patifaria de toda espécie e a descrença que eles sejam capazes de fazer alguma coisa pelo país ou pelo Município em que eles representam.
Sou favorável e concordo que deveríamos ser liberados para podermos sim votar certo e não obrigados como ocorre hoje. Há mesmo quem defenda o fim do senado, e a adoção do parlamento único. O senado foi à instituição pior avaliada em uma pesquisa da Universidade de Brasília, e salvo exceção, os senadores fingem que nada sabem e que cada um custa diretamente para o contribuinte R$110.000,00 mensais, e o salário mínimo é o pior dos últimos anos, fora plano de saúde nos melhores hospitais, médicos do UPA que é da farda recebem um salário exorbitante, só querem ser do UPA, pois os Postos de Saúde estão cada vez mais sem médicos especialistas, assistência odontológica e viagens de estudo e observação no exterior com direito a leito na primeira classe. Alguma reforma política tem que acontecer sob pena de mais quatro anos de descrença e tumulto no poder legislativo. Que venham as eleições de 2012.
Graciano Caseiro – Escritor, Divulgador e Comunicador

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